Minha estante

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

[resenha] Sangue e Chocolate

Finalmente uma estória diferente de lobisomens!


Você pode matar por você mesmo, e por seus companheiros, e por seus filhotes conforme eles precisarem, e você pode. Mas não matar pelo prazer de matar, e sete vezes, nunca matar homens!

-Rudyard Kipling, ―The Law of the Jungle‖ (A Lei da Selva)

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Em pânico, eu me apressei para um lado e para o outro. Eu tinha o gosto de sangue e chocolate em minha boca, um tão odioso quanto o outro.
-Hermann Hesse, ―Steppenwolf‖





Uma estória bem diferente mesmo. Quando o livro foi lançado - lá fora, pelo menos, porque Brasil é #atrasoFEELINGS sempre -, os livros no auge tinham homens protagonizando, especialmente livros sobre lobos / lobisomens, então, apareceu Sangue e Chocolate, e agradeço todos os dias por isso. Annette Curtis Klause trouxe uma nova visão desses animais encantadores.

Infelizmente, agora que pra onde você olha, os livros aparecem com mulheres protagonistas - geralmente vítimas de algo e etc - é que o livro ficou mais reconhecido. Agradeço por ter lido ele em 2009, quando ainda estavam na onda dos vampiros. Mas espero que esse interesse de livros com mulheres no papel chegue até Sangue e Chocolate, que aliás, já tem uma adaptação cinematográfica.

Vivian Gandillon saboreia a mudança, a dor doce e poderosa que a leva de garota à lobo. Com dezesseis, ela é bonita e forte, e todos os lobos jovens estão em seu pé. Mas Vivian ainda está de luto por seu pai morto; seu grupo continua sem um líder e em desordem, e ela se sente perdida nos subúrbios de Maryland. Ela deseja uma vida normal. Mas o que é normal para um lobo? Então Vivian se apaixona por um garoto de carne-e-osso, bom e gentil, um alívio bem vindo do grupo briguento. Ele é fascinado por magia, e Vivian deseja se revelar para ele. Certamente ele iria entendê-la e deliciar a maravilha de sua natureza dupla, não temê-la como um humano normal faria. A lealdade dividida de Vivian é forçada ainda mais quando um assassinato brutal ameaça expor o grupo. Movendo-se entre dois mundos, ela não parece pertencer a nenhum dos dois.

Eu adorei a Vivian. Ela é forte, determinada e não deixa ser abalada facilmente, apesar da caída dela. Tem opinião formada e luta pra defendê-la, mesmo que isso vá contra o bando. Claro que não gostei muito do momento de fraqueza dela. Ela torna obsessiva e vítima, tentando salvar a todos sem se importar com sua própria segurança.

A narrativa é em terceira pessoa, mas sempre do ponto de vista de Vivian. Na minha opinião, a autora poderia ter explorado mais mostrando o ponto de vista de outros personagens interessantes, como Gabriel, apesar que, podemos sim notar as características da personalidade dos outros ao redor de Vivian. Acho que apenas tenho curiosidade de desvendar mais sobre o Gabriel, o líder inabalável, responsável e sério do bando; o qual Vivian fica prometida. #ops.

Claro que tinha que ter o romancezinho. Vivian acaba conhecendo e se apaixonando por um meat-boy - algo como, "menino-refeição" -, Aiden Teague, que tem dotes para o desenho, pintura e poema, embora goste de magia e acredite em criaturas noturnas, não faz idéia que sua namoradinha tem vida dupla em duas peles diferentes.

Fazendo a comparação com o filme, eu gosto dos dois. Cada um tem suas particularidades, e embora tenha suas semelhanças, já que o filme foi realmente baseado no livro, mas com alterações drásticas, ambos me agradaram do seu jeito. No filme, Vivian já é um pouco mais velha - e não uma adolescente de 16 anos -, mas ainda é nova para algumas tradições do bando. Gabriel é beeeeeem mais velho no filme, enquanto que no livro ele tem 24 anos. Claro que colocaram ele mais velho no filme, pra fazer o contraste que há entre e ele Vivian no livro. E adorei também a trilha sonora. *-*

Mas devo admitir, que entre um e outro, prefiro o livro. A estória dele é um pouquinho mais verídica do que a do filme - não posso contar porque, senão será um spoiler e dos grandes -, o que agradou bastante. E não ficou naquele mela cueca/calcinha de sempre. E no final, até gostei do Gabriel (eu quero ele pra mim - o do livro - #fato). É um filme e um livro que merecem ser lido / assistido. Mas nada de fazer comparações. Assista e leia separadamente. Cada um merece o mérito dentro do seu tipo.

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Os três cartazes do filme.



Esse último é meu favorito. =DD

E aqui o trailer do filme:







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2 comentários:

♥ Danny ♥ disse...

Assisti esse filme na escola alguns anos atrás e confesso que não me lembro muito bem dele, só lembro que gostei de assisti-lo. Não sabia que o filme tinha sido baseado num livro, e a sua resenha me deixou interessada nesse livro, que deve ser melhor do que o filme.

Vicky-não-sei-das-quantas disse...

Eu quase assisti o filme. Estava sem nada pra fazer, passando pelos canais da TV, quando vi Sangue e Chocolate. Li a sinopse e me interessei. Mas ai lembrei de um título de livro que eu vi em uma pasta no 4shared Blood and Chocolate. Peguei o pc e vi que era o livro mesmo, troquei de canal na hora rs

Isso foi há um tempinho, mas ainda não li o livro =(

Ainda vou mudar isso *olhar determinado*

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