Minha estante

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

[Recomendações] Poesia e Poemas


            Olá, pessoal! Hoje é quarta, e é dia de Recomendação aqui no blog. Desculpem meu sumiço, estou lendo muito pra fazer resenhas lindas pra vocês. No Recomendações de hoje, recomendo as duas coisas mais valiosas da escrita da humanidade: poesia e poemas. Muitas pessoas se confundem ao diferenciar um do outro.Clique em << LEIA MAIS AQUI >> pra ver a explicação da Wikipédia.




                                A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor.


                                Um poema é uma obra literária apresentada geralmente em verso e estrofes (ainda que possa existir prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de estilo próprias da poesia). Efetivamente, existe uma diferença entre poesia e poema. Este último, segundo vários autores, é uma obra em verso com características poéticas. Ou seja, enquanto o poema é um objeto literário com existência material concreta, a poesia tem um carácter imaterial e transcendente.

            Na minha humilde opinião (e do que estudei na universidade), a diferença entre as duas é puramente estética. Fim de estória. Mas não estou fazendo este post de recomendação para discutir isso, estou fazendo para incentivar vocês a lerem este tipo de escrita tão sublime e perfeita.

            Às vezes, simples 5 estrofes, ou 5 linhas conseguem transmitir e traduzir tudo que você queria dizer, tudo que você pensou. Mais que isso, você pode brincar com a interpretação: por que o autor colocou que o vestido era vermelho? Será que tem ligação com a interpretação da cor vermelha, ou o autor simplesmente gosta de vermelho? Essa frase, foi o eu-lírico ou o autor que quis falar? O que o autor estava querendo passar pro leitor com essa frase?

            Em livros, geralmente não temos essa preocupação, simplesmente porque os personagens já estão ali, com suas idéias e opiniões, e mesmo que eles mudem no decorrer da estória, você não pára pra se preocupar com o tipo de interpretação aquilo pode ter, claro que talvez no nosso sub-consciente algumas coisas fiquem marcadas, como acontece pra quem lê muito o gênero investigativo - leitores de Dan Brown que o digam. Algumas idéias e coisas você racionaliza, mas só com livros desse teor.

            Com poesia e poemas você racionaliza o tempo todo. Mesmo que seja um poema de amor, cheio de dedicações e tudo mais, você pára pra pensar sobre aquela frase, por que a posição de alguns adjetivos está assim, por que o autor usou aquele advérbio específico, por que o autor usou (ou não) essa pontuação...

 Meu segundo favorito: William Shakespeare

Meu primeiro favorito: Vinicius de Moraes

             Meus poetas favoritos são Vinicius de Moraes (meu eterno) e Shakespeare - apesar de haver muitas divergências sobre o verdadeiro Shakespeare (se é que um dia ele existiu), mas o fato é que sua escrita superou esses mitos. Além do mais, você pode achar poemas ou poesias que têm haver com aquele livro que você leu uma vez, assim como acontece com música. Tente e verá que pode ser tão divertido, romântico, depressivo, alegre, admirável quanto ler um livro.

De quebra, aqui vai meu soneto (poema) favorito de Vinicius de Moraes:


Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.


Essa é minha recomendação dessa quarta.

Beijos.

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Um comentário:

♥ Danny ♥ disse...

Confesso que prefiro os livros de Dan Brown aos livros de poesias, mas gosto de alguns poemas, principalmente dos poemas de Camões, que são os que mais me fazem refletir.
Lembro que o primeiro livro de poesias que li se chamava Poesia na Estante, acho que li na quarta série, foi a partir desse livro que conheci esse gênero.

OBS: Muito bom o post! Estou aguardando ansiosamente pelas suas próximas resenhas, tenho certeza que vão ser ótimas.

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